Como está indo o seu caminho para aprender inglês?
Este artigo está relacionado com técnicas de compreensão oral em inglês. Se você sempre sente dificuldade em entender o que os estrangeiros estão dizendo, o conteúdo a seguir pode ser muito útil para você.
As habilidades em inglês geralmente são divididas em quatro grandes áreas, ou seja, as conhecidas: ouvir, falar, ler e escrever.
Hoje vamos focar em uma das técnicas mais úteis para melhorar a escuta, que é o chamado Reduction na pronúncia do inglês. Vamos explicar detalhadamente seu significado e uso, esperando que todos possam aprender!
Índice
O que é Reduction?
Primeiro, vamos ver a explicação de Reduction no Cambridge Dictionary. O significado é:
“the act of making something, or of something becoming, smaller in size, amount, degree, importance, etc.”
(Algo se reduz ou diminui, por influência externa ou naturalmente, podendo ser em tamanho, quantidade, grau, importância, etc.)
Ou seja, Reduction no que se refere à pronúncia do inglês, significa enfraquecer ou até omitir algumas partes em comparação co a pronúncia padrão.
Acredito que todos já assistiram filmes ou séries em inglês. Já percebeu que o inglês falado pelos personagens é muito diferente daquele nas provas e testes de escuta, e às vezes fica até impossível de compreender?
Essa diferença não vem só do fato de que a conversa oral tem um ritmo mais rápido, mas também, um motivo importante é o efeito do Reduction. Ou seja, muitos sons são omitidos, dificultando o reconhecimento das palavras.
(Mesmo que você tenha plena confiança na pronúncia de cada palavra isoladamente, ao encontrar o Reduction ainda pode acontecer de não entender.)
Agora você já sabe: ao usar o inglês, por causa do reduction, alguns sons podem ser enfraquecidos ou omitidos, mudando a pronúncia.
Com esse entendimento, você pode direcionar melhor seu treino auditivo e assim melhorar sua compreensão do inglês falado.
☆ Nos áudios a seguir, cada palavra ou frase é repetida duas vezes: primeiro na pronúncia padrão e depois na pronúncia oral omitida. Compare bem!
Desaparecimento do “t / d”
Vamos ver como a pronúncia muda quando o som explosivo “t” e “d” desaparecem.
(A parte sem pronúncia é marcada com o símbolo (‘))
[ “t / d” antes de “l” ]
exactly
→ exac’ly
(exatamente, precisamente)
honestly
→ hones’ly
(honestamente, sinceramente)
repeatedly
→ repeate’ly
(repetidamente)
Veja os exemplos a seguir.
Ex. Honestly I don’t exactly know.
(Para ser sincero, eu realmente não sei.)
[ “t / d” + vogal fraca + “n” ]
Neste caso, a vogal fraca não é pronunciada e talvez até o “t” anterior seja omitido também.
sentence (frase, sentença)
→ sent’nce
→ senn’nce
button (botão)
→ butt’n
→ bu’’n
forgotten (particípio passado de forget, esquecer)
→ forgott’n
→ forgo’’n
important (importante)
→ import’nt
→ impor’nt
Veja os exemplos a seguir.
Ex. It’s important to think about it.
(O mais importante é pensar bem sobre isso.)
[ “t” depois de “n” ]
Quando ocorre “n t + vogal fraca” na pronúncia, o “t” em “nt” é substituído por “n”.
Esse tipo de Reduction é especialmente comum no inglês americano!
winter (inverno)
→ winner
internet (internet)
→ innernet
center (centro)
→ cenner
twenty (vinte)
→ tweny
Veja o exemplo a seguir.
Ouça várias vezes os áudios e confira se entendeu bem as regras do Reduction.
Ex. There’re twenty dentists in the health center.
(Há vinte dentistas neste centro de saúde.)
Desaparecimento do “f / v”
[Som fraco de “f / v”]
Se uma palavra termina com um “f” fraco, geralmente ele é omitido. Além disso, o “v” fraco geralmente é pronunciado como “f” ou até pode ser omitido.
(O “f” da preposição “of” é frequentemente omitido.)
sort of (um pouco, de certo modo)
→ sort o’ → sorta
kind of (um tipo de, um pouco)
→ kind o’ → kinda
out of (fora de)
→ out o’ → outta
have to (ter que, precisar)
→ haff to → hafta
Aliás, “o’clock”, que indica as horas, originalmente era “of clock”, e dizem que foi pela omissão do “f” que mudou para a forma atual.
Além das palavras, as omissões também ocorrem em expressões.
Quando ouvir os exemplos, preste atenção às partes omitidas.
Ex. I kind of had a crush on you.
(Eu meio que me apaixonei por você.)
Desaparecimento do “h”
[“h” no início da palavra]
like him → like ’im
like her → like ’er
when he → when ’e
Ex. Let him go.
(Deixe ele ir.)
Desaparecimento do “g”
O “g” no final das palavras ou o “ing” também podem ser omitidos!
Na verdade, tecnicamente a pronúncia não é completamente omitida, mas fica tão fraca que quase não se percebe.
Walking →wakin’
Thinking →thinkin’
Coming →comn’
want to e going to
Pegando “want to” como exemplo: como há dois sons “t” em sequência, normalmente um deles já seria omitido. Depois, omite-se o “t” em “nt”.
want to → wan‘ to → wann’o → wanna
Agora vamos ver “going to”. Antes já comentamos que na omissão do “ing”, o “g” final não se pronuncia, então fica “n” seguido de “t”. O próximo passo é omitir o “t” de “nt”.
going to → goin’ to → goinn’o → gonna
Essa regra não se limita ao “going to”, mas se aplica a toda estrutura do tipo ing to.
trying to → tryin’to → trynn’o → tryna
Ex. He’s thinking about it.
(Ele está pensando sobre isso.)
O que é Linking?
Além do Reduction, outro hábito oral dos nativos é o chamado Linking.
Vamos conferir no Cambridge Dictionary o significado de “Link”.
“to make a connection between two or more people, things, or ideas”
(Ligar ou conectar duas ou mais pessoas, coisas ou ideias.)
Aplicado à pronúncia do inglês, significa “ligar foneticamente palavras diferentes, fazendo-as soar como uma só”.
Assim como o Reduction, o linking também desempenha um papel importante na compreensão auditiva. Além disso, dominar esse recurso é fundamental para que seu inglês soe mais próximo ao de um nativo.
Nem todo estrangeiro fala inglês como um nativo
Hoje em dia, mesmo sem sair do Brasil, vemos cada vez mais estrangeiros em nosso país.
Muitos deles trabalham como professores de inglês.
Mas talvez você não saiba que o inglês desses professores pode não ser exatamente o inglês legítimo de um nativo.
Um dos motivos principais é que eles, para serem mais facilmente compreendidos pelos brasileiros, acabam mudando propositalmente a forma de falar, evitando Reduction e Linking, o que deixa o inglês deles “mais fácil para os brasileiros entenderem”.
Normalmente, quanto mais tempo ficam no Brasil, mais marcante fica esse fenômeno. Esses nativos passam a falar mais devagar e com pronúncia mais clara, uma forma de assimilação cultural.
(Isto pode ser considerado um gesto atencioso. Por outro lado, às vezes encontramos estrangeiros que falam inglês tão rápido que fica impossível acompanhar.)
Enfim, como estudante de inglês, o objetivo final ainda deve ser conseguir entender o inglês dos nativos!
Resumo
Esta foi a explicação completa do “Reduction” comum na fala do inglês. Será que deu para entender tudo?
Na verdade, o fenômeno do Reduction não se limita ao inglês.
Se você pensar bem, no uso diário do português também costumamos omitir sons por praticidade de pronúncia, não é?
Por isso, durante o aprendizado do inglês falado, é importante tentar entender as “regras e técnicas reais de uso”. Só com esse conhecimento é possível melhorar de verdade sua escuta.
Talvez, ao aprender essas regras, você perceba um progresso acelerado, e partes antes incompreensíveis sejam de repente decifradas!
A maneira mais simples e eficaz de se familiarizar com o inglês é assistir continuamente a filmes ou séries em inglês para entender melhor os hábitos dos nativos.
(Eu recomendo especialmente a série americana clássica “Friends”. Pessoalmente, usei vários métodos na minha jornada com o inglês, mas sem dúvida esta série foi o melhor material para aprender inglês americano autêntico e a assisti várias vezes.)
Além disso, “NativeCamp” atualmente oferece uma “semana de experiência gratuita” para novos alunos!
Aproveite essa oportunidade para praticar as técnicas de Reduction e Linking deste artigo e, treinando com professores estrangeiros em aulas individuais, aperfeiçoe sua fala e compreensão auditiva.
Até o próximo artigo!


